quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Perspectiva - Sotirios Ninis

O Bolas na Área inaugura com esse post outra editoria do blog. A "Perspectiva" tem o objetivo de apresentar jovens talentos que estão cavando seus lugares nas equipes principais européias. Como no Brasil não temos a cultura de procurar saber das revelações européias, a "Perspectiva" pretende servir como um grande olheiro para a molecada do Velho Continente.


Nada como inaugurar uma sessão dessa com um talento raro de se ver assim! Sotirios Ninis, 19 anos, nasceu em Himarë, na Albânia, e se naturalizou grego. O garoto, base desde sempre do Panathinaikos, já chegou a atuar de lateral, mas sua principal função é de meia de ligação, tanto pelo meio quanto pela direita. Logo em sua primeira temporada no time principal, o atleta disputou 22 partidas pela Ethniki Katigoria e 4 pela UCL aos 18 anos.



(Primeiro gol de Ninis, contra o Panionios, em 06/07. Na época, o jogador tinha 16 anos)

Atleta de excelente toque de bola, tem como características principais os cruzamentos e belos passes. Mas Ninis não é limitado ao ponto de só fazer isso. O titular do Panathinaikos e da Seleção Sub-21 da Grécia também tem boas fintas e finaliza muito bem. Digamos que tem o potencial para ser um meia completo, ainda mais pela facilidade que tem de colocar a bola onde quer.




(Todos os vídeos em que Ninis aparece com a camisa 37 ocorreram na temporada 06/07. Na temporada seguinte, ele assumiu a 7)

Nesta temporada, Ninis já disputou 11 partidas pela Liga Nacional e 4 pela Europa League. O camisa 7 tem ajudado bastante o Panathinaikos até agora; na disputa pela liderança da Alfa com o Olympiacos (30 pontos dos alvirrubros contra 29 dos alviverdes) e com a vaga na segunda fase da Europa League praticamente garantida (no Grupo F, Galatasaray [TUR] tem 10 pontos; Panathinaikos, 9; Dinamo Bucaresti [ROM], 3; e Sturm Graz [AUT], 1; considerando que faltam apenas duas rodadas para o final dessa etapa).
Nota: Inclusive, Galatasaray e Panathinaikos se enfrentam hoje, na Turquia, sendo que os gregos precisam apenas de um empate, já que os turcos já estão classificados / e pra quem tiver a oportunidade de assistir, poderá saborear alguns momentos de Ninis - 18h, hoje, ESPN Brasil).

Sotirios Ninis, grego, 19 anos, Panathinaikos. Olho nele!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Seguura Galvão!

"O Milner, ele é canhoto, ele bateu com o pé direito direto pro gol, mostrou habilidade... não era a perna boa, pra sorte do Brasil." Depois de assistir a transmissão de Brasil x Inglaterra pela Globo no último sábado, essa frase ficou ecoando na minha cabeça por quase todo o domingo e não resisti a escrever algumas considerações por aqui.
Primeiro lugar: Na segunda metade do segundo tempo, tivemos a entrada do atacante Peter Crouch no lugar de Shaun Wright-Phillips, na Inglaterra. Para quem acompanhou a substituição pela telinha da Globo, o atacante teve uma pequena mudança em seu nome no letreiro para CrouNch. Segundo lugar: Pouco tempo depois, Dunga tirou Nilmar (que, aliás, deixou Brown sem rumo) e colocou Carlos Eduardo para estrear com a camisa amarelinha. Porém, o letreiro anunciou a entrada de Josué. Para surpresa dos telespectadores, por volta dos 35 minutos do segundo tempo, parecia que Dunga estava fechando bastante a equipe, quando na verdade estava apenas dando a primeira chance ao ex-gremista. Terceiro lugar: Este ponto creio que seja o mais importante. Quando alguém recebe a tarefa de narrar ou comentar um jogo, pressupõe-se que deva ter conhecimento suficiente sobre os jogadores em campo para não cometer gafes. Assim sendo, pouco tempo depois do penalty perdido pelo Brasil (e antes da entrada de Crouch), Wright-Phillips cruzou para Milner (que entrava pelo lado esquerdo do ataque inglês), que finalizou por cima do gol de Júlio César. "O Milner, ele é canhoto, ele bateu com o pé direito direto pro gol, mostrou habilidade... não era a perna boa, pra sorte do Brasil." Não consegui me conter. Para quem duvidar, seguem neste post os melhores momentos narrador por Galvão. Assim, convido a todos para assistir também ao penalty que o meia desperdiçou na semi-final da Euro sub-21 deste ano. (O jogo terminou em 3x3 entre as equipes, e nos penalties os ingleses venceram por 5x4.)
Como sabemos, ser canhoto ou destro é uma questão genética, ou seja, não podemos mudar isso durante nossa vida, como mudamos cor da pele ou do cabelo. Independente disso, sempre há um "original". No máximo, nos adaptamos a utilizar o membro "fraco", como o atleta James Milner faz. Para quem acompanhou o jogo, deve ter visto o meia finalizando e também cruzando com a perna esquerda, mas o camisa 8 do Aston Villa, como todo destro, cobra seus penalties com a perna direita. Assim, ao contrário do que o Galvão disse, o Milner errou, pra sorte do Brasil. Já que era a perna boa, sim. Disponibilizo também um gol do atleta quando ainda jogava pelo Leeds United, seu primeiro clube. O jogo ocorreu pela 21ª rodada do Campeonato Inglês 2002/03 e Milner faria 17 anos em pouco mais de uma semana. O meia fazia sua temporada de estréia e era o dono da camisa número 38, tendo entrado em campo para substituir uma das estrelas da equipe na época, Harry Kewell. Como sabemos, um atleta de 16 anos, mesmo tendo condições de utilizar as duas pernas, dificilmente arriscaria cometer erros bobos. Como vemos, Milner finaliza de fora da área com a perna direita.
Destro ou canhoto, pode parecer um detalhe. Mas para o entendimento do jogo, é um detalhe fundamental.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Uruguai: a esquina entre Brasil e Argentina

Antes de mais nada, quero lembrar a todos que este texto nada tem a ver com Futebol Europeu. Ele é uma resenha sobre o duelo Brasil x Argentina que eu fiz para a faculdade, que eu decidi colocar aqui! A idéia era resenhar um texto que fala sobre a atuação da mídia no acirramento da rivalidade entre os dois países. Então, aproveitem! =]

"A rivalidade existente entre o Brasil e a Argentina é uma das mais antigas no que tratamos de mundo futebolístico. Juntas, as duas seleções têm onze títulos mundiais (sete Copas do Mundo e quatro Copas das Confederações) e vinte e duas Copas América. Além disso, seus clubes já estão acostumados a figurar nas fases finais dos torneios do continente. Como coadjuvante desse confronto encontramos o Uruguai, detentor de duas Copas do Mundo e catorze Copas América. Mesmo número de títulos dos argentinos.

Quando a primeira Copa do Mundo foi disputada, em 1930, sediada e vencida pelo Uruguai, já haviam sido disputadas doze Copas América. Sendo metade delas vencidas pelos uruguaios, enquanto os argentinos tinham levantado quatro e os brasileiros, somente duas. Nesta época, os brasileiros é que não passavam de meros coadjuvantes de uma rivalidade de dois países que dividiam até as mesmas cores na bandeira, além da língua e boa parte da cultura. Até 1950, porém, foi a vez dos argentinos ficarem com o posto de principal equipe do continente, mesmo sem título mundial (até porque não houve Copa do Mundo na década de 40). Dentre nove Copas América disputadas nas duas décadas, os argentinos venceram cinco e comemoraram o nono título de sua história, ultrapassando os uruguaios que venceram apenas duas edições e contabilizavam apenas oito. Brasil e Peru venceram o torneio uma vez no período.

Em 1950, os brasileiros tinham a chance de aparecer bem no cenário internacional, já que tinham vencido a Copa América de 1949 e ainda organizavam a Copa, enquanto os argentinos não participariam da competição por briga com a CBD. Sem os “hermanos”, o Uruguai acabou roubando a cena e retomou o posto de principal seleção sul-americana, conquistando o bicampeonato mundial. Porém, a partir de então, o Uruguai passou a se tornar o coadjuvante da história, conseguindo se firmar apenas em algumas competições dentro do continente. Até 1970, os brasileiros levantaram três Copas do Mundo, mas esqueceram da Copa América, enquanto argentinos e uruguaios comemoraram três vezes cada. Bolivianos e paraguaios também, mas apenas uma vez. Deste período em diante, o Uruguai se firmou como terceira força do continente. Desta forma, creio que seria injusto analisar a história do confronto entre argentinos e brasileiros sem mencionar os uruguaios.

Analisando a contabilidade de títulos, os argentinos por muito tempo estiveram atrás dos uruguaios e os brasileiros em alguns anos assumiram a ponta desta tabela. Assim, entre os anos de 1970 e 1990, os argentinos conquistaram duas Copas do Mundo. Os uruguaios levaram duas Copas América e o Brasil, uma. Durante esse período, a Argentina novamente toma a frente como principal força do continente, mas sem estar numericamente na frente no que tratamos de títulos.

O mais curioso que o texto apresenta é que, com a entrada dos anos 90 e a nova arrancada do futebol brasileiro, a rivalidade entre as duas principais seleções do continente se acirrou ainda mais. O que é bem verdade é que a partir de então o Uruguai só conseguiu vencer uma vez a Copa América, consolidando de vez seu lugar entre as equipes médias do continente e tendo que assistir a ascensão de México, Paraguai e Colômbia. A Argentina, mais uma vez consolidada como segunda força sul-americana, levantou apenas duas Copas América e uma Copa das Confederações, entre 91 e 93. Assumindo de vez a soberania numérica de títulos no continente, o Brasil levantou a Copa do Mundo mais duas vezes, além de conquistar quatro vezes a Copa América e três a Copa das Confederações.

Como retrato da grande rivalidade que se formava de vez entre os dois países temos a mídia, que começa a expor uma idéia anti-rival. Além do papel fundamental da imprensa em publicar esse sentimento, ainda temos a questão de que as duas seleções começaram a se defrontar constantemente em decisões. Mas, além da mídia como atuante, não podemos deixar de considerar que nesse período os argentinos levantaram a Copa do Mundo sub-20 cinco vezes, enquanto o Brasil apenas duas. Desta forma, apesar de a esperança de que o novo Diego Maradona estivesse para surgir fosse muito grande, a cada geração ela se mostrava falha e gerou mais frustrações a uma torcida que via sua seleção principal perder a cada ano mais um título para os brasileiros.

Quando levamos em conta a questão cultural de colônia e colonizador, que colocavam os argentinos ao lado dos brasileiros quando o confronto era contra europeus, percebemos que ela aos poucos deixou de ser tão relevante. Pelo menos ao se tratar de Brasil. Nesse período, os brasileiros deram aos argentinos três vice-campeonatos (duas Copas América e uma Copa das Confederações, entre 2004 e 2007), em momentos em que a equipe se mostrava superior a brasileira (inclusive na Copa América 2004, em que os brasileiros jogavam com o time reserva). Ainda mais por se tratar da geração argentina bicampeã mundial sub-20 (em 95 e 97).

Outro fator que não podemos esquecer no desenvolvimento dessa rivalidade é a “implicância”. A imprensa brasileira, principalmente perante os resultados conquistados pelo Brasil sobre a Argentina, desempenhou um papel avesso às regras da “boa vizinhança”. O enfraquecimento da imagem social de Maradona e as constantes afirmações sobre “ser melhor do que Pelé” reforçaram mais ainda essa implicância vinda por parte dos brasileiros. No início da década de 90, quando as provocações dos meios de comunicação não eram tão comuns, existia um respeito bem maior em relação à seleção da Argentina, que vinha de boas campanhas (título da Copa de 1986 e eliminar o Brasil nas oitavas-de-final da Copa de 1990, na Itália) e já se encostava ao placar de títulos com os brasileiros. Assim, existia um forte receio de “esquentar o clássico” com provocações midiáticas, já que a Argentina passava por uma situação melhor. A partir do momento em que o Brasil voltou a ter domínio do confronto, a mídia voltou a ter confiança na Seleção para provocar o rival platino.

Nos dois últimos confrontos, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, os brasileiros continuaram levando a melhor. No primeiro jogo (junho de 2008), porém, a mídia brasileira focou-se bastante na situação complicada em que Dunga se encontrava no comando da seleção brasileira, e o empate por 0x0 em solo brasileiro acabou não gerando muita polêmica. Muito pelo contrário, a mídia classificava a Argentina como favorita e a rivalidade sequer chegou a se tornar uma grande pauta. Porém, no segundo confronto (setembro de 2009), a imprensa dos dois países certamente apoiou o acirramento na rivalidade das equipes, que contava com temperos como Maradona no comando dos argentinos e a difícil situação dos “hermanos” na classificação das Eliminatórias. A vitória por 3x1 dos brasileiros em solo argentino, além de garantir o Brasil na Copa de 2010, acabou consolidando uma crise que já estava por vir na seleção vizinha e quase complicou sua classificação para o mundial.

Concluímos assim que temos a imprensa como um grande alicerce da rivalidade entre argentinos e brasileiros, mas não como principal agente. Não podemos deixar de ignorar a questão de que, com o avanço das tecnologias de informação, a mídia tornou-se muito mais presente na vida do torcedor e muito mais influente. O fato de os argentinos terem “percebido” que os brasileiros torciam contra a sua seleção pode não ter sido a principal razão pela qual a mídia argentina passou a retrucar as provocações brasileiras. A questão é que, com o Brasil consolidando-se de vez como principal força do continente (e também do mundo), a Seleção Canarinho passou a ser a equipe a ser batida na América. Assim, ao invés de torcer contra o Uruguai, agora é a vez de torcer contra o Brasil."

Referências Bibliográficas:

- HELAL, Ronaldo e LOVISOLO, Hugo. “Jornalismo e futebol: argentinos e brasileiros ou do ‘odiar amar’ e do ‘odiar amar’”. In Marques, José Carlos (orgs.) Comunicação e Esporte: diálogos possíveis. São Paulo, Intercom, 2007
- http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL1293683-9825,00-BRASIL+X+ARGENTINA+ANOS+DE+RIVALIDADE+E+POLEMICAS.html
- www.ogol.com.br (Pesquisa de Dados)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Próximas Aberturas de Mercado? Nananão, Blues!

Um dos primeiro clubes a aparecer na mídia comprando todos os atletas destaques das temporadas foi o Chelsea com os milhões de euros de Abramovich. Este fenômeno (de comercialização de clubes), que hoje já atingiu Portsmouth, Hull, Hoffenheim e mais recentemente e com mais ênfase o Manchester City, na época provocou repúdio de muitos amantes do esporte e da mesma forma que os Blues conquistaram muitos torcedores por todo o planeta com sua megalomania, também despertaram o ódio de outros torcedores.

Mas pra quê essa introdução acerca do comportamento de mercado do Chelsea nos últimos anos? É simples...

Um dos projetos de Abramovich para o Chelsea era contratar muitas estrelas e formar uma excelente base, para que, futuramente, este jovens jogadores possam se espelhar nos ídolos (que jogam no time principal) e o clube não precise mais gastar milhões em grandes contratações. O grande problema é que a base do clube não vem rendendo bons frutos (visto que os últimos jogadores formados no clube - como Carlton Cole, Joe Keenan, Anthony Grant e Lenny Pidgeley - se profissionalizaram e não conseguiram manter o nível esperado, se transferindo para clubes menores) e o dono dos Blues passou a trazer jogadores da base de outros clubes, como Manchester United, Arsenal e Liverpool costumam fazer. Como exemplo, nesta temporada o único jogador contratado para fazer parte constante do plantel foi o russo Yuri Zhirkov, ex-CSKA Moskva. Os outros três contratados foram o goleiro Ross Turnbull (24 anos, ex-Middlesbrough), o meia sérvio Nemanja Matic (21 anos, ex-Kosice [SRB]) e o atacante Daniel Sturridge (20 anos, ex-Manchester City). A base também tem exemplos de jogadores que não são originários do clube londrino, como o eslovaco Miroslav Stoch (19 anos) e o francês Gaël Kakuta (18), ambos atacantes. Poucos jogadores ainda aparecem como esperanças da base do clube, como o ponta Scott Sinclair e o zagueiro Michael Mancienne (emprestados para Wigan e Wolves, respectivamente). Jovens jogadores não costumam ser caros de contratar a não ser que já tenham pesadas rescisões contratuais.


Finalmente chegamos ao ponto. A contratação do jovem francês Kakuta junto ao Lens, realizada em 2007, foi contestada pelo clube de origem do atacante, e a FIFA puniu o clube inglês. O s franceses alegam que o Chelsea induziu o atacante (que na época tinha 16 anos), que rescindiu seu contrato com o Lens e se mandou pra Inglaterra. A punição se baseia na proibição do clube inglês de inscrever novos atletas no plantel (ou seja, contratar) até janeiro de 2011. Ou seja, somente na janela de início da temporada 2011/2012 (em julho) o clube londrino poderá contratar novamente. Além disso, o Chelsea ainda pagará uma multa €130 mil e o atacante, €780 mil, ao Lens.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Witsel x Wasilewski

Pra quem não acompanhou a lesão do polonês Marcin Wasilewski, do Anderlecht, causada por uma das revelações belgas dos últimos anos, Axel Witsel, do Standard Liège, segue o vídeo logo abaixo.

O jogo ocorreu no último domingo, dia 30 de agosto e foi válido pela 5ª rodada da Jupiler League, no estádio Constant Vanden Stock (casa do Anderlecht), e terminou em 1x1, gols de Guillaume Gillet para os donos da casa e Mbokani para os visitantes.




Sinceramente? "Killer" é exagero, não?

Isso nos faz recordar alguns casos, mas vamos tomar como exemplo o mais recente. Quero dizer, o caso de Martin Taylor, defensor inglês do Birmingham, e Eduardo da Silva, atacante brasileiro naturalizado croata, do Arsenal.
Assim como Martin Taylor tinha um histórico de zagueiro calmo, não era de se esperar que Eduardo tivesse uma lesão do padrão que foi. Até aquele dia, Taylor só havia tomado 8 cartões amarelos e 1 vermelho na carreira. Números modestos para um zagueiro de 27 anos (em 2007), não?

Não da mesma forma, até porque Witsel é meia de ligação e Wasilewski, defensor. Acredito que todos que assistiram ao lance sentiram um frio na espinha e, logicamente, acharam que a sola dada pelo meia foi realmente desnecessária. Mas, concordem que esse tipo de lance não é incomum em nenhum campeonato.

Killer é um tanto quanto pesado, não concordam?
Por que não usar essa designação com os jogadores que fazem questão de demonstrar em todas as partidas que merecem um vídeo com um final escrito "Killer" em vermelho, em vez de crucificar o jovem, e, quem sabe, até comprometer seu futuro profissional?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Tá.. e os não tão Grandões?

Passado o ENECOM 2009 (Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação), em Fortaleza, (motivo pelo qual me ausentei por este tempo) cá estamos de volta no nosso querido blog falando das principais transferências do velho continente até o momento. Vale lembrar que como as principais transferências dos grandes já foram faladas, focaremos um pouco mais nos clubes secundários das ligas européias.

Na Inglaterra, somente o Liverpool chegou a contratar mais. O nome da vez foi o italiano Alberto Aquilani, da Roma [ITA], por pouco mais de € 23 M. O Aston Villa, depois de uma excelente temporada continuou se reforçando bem, depois de trazer o meia Stewart Downing, ex-Middlesbrough, e o zagueiro Habib Beye, ex-Newcastle. Enquanto isso o Manchester City, querendo virar peixe grande, se jogou no mercado. Trouxe o goleiro Stuart Taylor (Aston Villa), os defensores Kolo Touré (Arsenal) e Joleon Lescott (Everton), o meia Gareth Barry (Aston Villa) e os atacantes Emmanuel Adebayor (Arsenal), Roque Santa Cruz (Blackburn Rovers) e Carlos Tevez (Manchester United). O Tottenham trouxe o atacante Peter Crouch, do Portsmouth; o Everton, o zagueiro Philippe Senderos, do Arsenal; e o Blackburn trouxe o defensor Gaël Givet, do Marseille [FRA], e o atacante jovem Franco di Santo, do Chelsea, por empréstimo.

Inter, Juventus e Milan voltaram a fazer boas contratações na Itália. Enquanto Inter e Juve trouxeram jogadores do Barcelona [ESP], sendo o atacante Samuel Eto’o para a Inter e o defensor Martín Cáceres para a Juve, a Milan contratou o atacante Klaas-Jan Juntelaar, do Real Madrid [ESP], por € 15 M. Enquanto isso, a Lazio trouxe o lateral Lionel Scaloni, do Mallorca [ESP], e os atacantes Mauro Zarate, do Al-Sadd [QAT], e Julio Cruz, da Internazionale; a Udinese trouxe o atacante Bernardo Corradi, da Reggina; a Sampdoria trouxe o lateral Luciano Zauri, da Lazio, e o meio Fernando Tissone, da Udinese; a Fiorentina repatriou o volante Cristiano Zanetti, da Juventus; a Genoa trouxe o defensor Emiliano Moretti, do Valencia [ESP], e os atacantes argentinos Hernan Crespo, da Inter, e Rodrigo Palacio, do Boca [ARG]; e a Napoli trouxe o goleiro Morgan de Sanctis, do Sevilla [ESP], e o atacante Fabio Quagliarella, da Udinese.

Os grandes espanhóis continuam a fazer contratações de impacto. Enquanto o Barcelona trouxe o craque sueco Zlatan Ibrahimovic, da Inter [ITA], o Real Madrid trouxe o excelente volante do Liverpool [ENG], Xabi Alonso, por € 30M, além do lateral Álvaro Arbeloa (Liverpool-ENG), do meia Estebán Granero (Getafe) e do atacante Álvaro Negredo (Almería). Tentando competir com os gigantes espanhóis, o Atlético de Madrid trouxe o promissor goleiro espanhol Sergio Asenjo, do Valladolid; o Espanyol trouxe o meia japonês Shunsuke Nakamura, do Celtic [SCO]; o Sevilla trouxe o volante Didier Zokora, do Tottenham [ENG], e o meia Tom de Mul, do Racing Genk [BEL]; o Valencia contratou o defensor Jeremy Mathieu, do Toulouse [FRA]; o Villarreal tirou o atacante Nilmar do Internacional [BRA]; e o Almería, que trouxe o volante Fabián Vargas, do Boca [ARG] e o atacante Henok Goitom, do Valladolid.

Na Alemanha, o Wolfsburg investe no bicampeonato trazendo o atacante velocista Obafemi Martins, do Newcastle [ENG]. Enquanto isso, o Hamburg trouxe o meia brasileiro Zé Roberto, do Bayern Munchen, e o defensor David Rozehnal, da Lazio [ITA]; o Werder Bremen trouxe o meia Marko Marin, do Monchengladbach, o atacante Marcelo Moreno, do Shakhtar [UKR], e ainda repatriou o volante técnico Tim Borowski, do Bayern Munchen; o Stuttgart trouxe o meia Aliaksandr Hleb, do Barcelona [ESP], e o atacante Pavel Pogrebnyak, do Zenit [RUS]; o Schalke 04 trouxe o volante Mineiro, do Chelsea [ENG]; e o Borussia Dortmund trouxe o meia Damien Le Tallec, do Rennes [FRA], e o atacante Lucas Barrios, do Colo-Colo [CHI].

Em Portugal, o Benfica continua investindo pesado pra montar uma equipe que bata de frente com o Porto. Nesta temporada, a diretoria trouxe o goleiro Júlio César, do Belenenses; os defensores César Peixoto, do Braga, e Patric, do São Caetano [BRA]; os meio-campistas Javi García, do Real Madrid [ESP], e Ramires, do Cruzeiro [BRA]; e o atacantes Javier Saviola, do Real Madrid [ESP], Keirrison, do Barcelona [ESP] e Weldon, do Cruzeiro [BRA]. Enquanto isso, a outra grande equipe lisboeta, o Sporting, se preocupou apenas em trazer dois nomes fortes pra equipe: o meia chileno Matias Fernandez, ex-Villarreal [ESP], e o atacante equatoriano Felipe Caicedo, ex-Manchester City [ENG].

Na França, enquanto o Lyon ainda acrescentou ao seu plantel o atacante Bafétimbi Gomis, do Saint-Ettiène, o atual campeão Bordeaux conseguiu manter o meia Yoann Gourcuff, do Milan [ITA] e ainda trouxe Jaroslav Plasil, do Osasuna [ESP]. Já o Olympique de Marseille foi mais longe e trouxe os defensores Gabriel Heinze, do Real Madrid [ESP] e Souleymane Diawara, do Bordeaux; os meias Stéphane Mbia, do Rennes, Edouard Cissé, do Besiktas [TUR] e Lucho González, do Porto [POR]; e o atacante Fernando Morientes, do Valencia [ESP].

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Como os grandalhões europeus estão comprando?

Depois de algum tempo apenas analisando como foi o final da Temporada 2008/09 e as férias do jogadores de futebol terem terminado, vamos saber como os principais clubes europeus estão se reforçando para a temporada 09/10...

Na Inglaterra, o atual campeão Manchester United não tem se mostrado muito ágil no mercado (como realmente nunca é) e trouxe apenas um nome de peso - Michael Owen, novo camisa 7 dos Devils, ex-Newcastle - e duas apostas - o equatoriano Luis Valencia, ex-Wigan, e Gabriel Obertan, francês ex-Bordeaux. Até o momento, o Liverpool só anunciou com relevância a contratação do lateral inglês Glen Johnson, ex-Portsmouth. Enquanto isso, o Chelsea se preocupou em trazer a boa promessa inglesa Daniel Sturridge, atacante ex-Manchester City e o russo Yuri Zhirkov, meia ex-CSKA Moskva. Terminando a turnê em Londres com o Arsenal, só podemos destacar a contratação do zagueiro belga Thomas Vermaelen, ex-Ajax. (É isso mesmo, me recuso a considerar o City um "grandão").

Na Itália, a atual campeã Internazionale está se reforçando sem muito estardalhaço. Analisando os acréscimos da equipe até o momento, temos as chegadas dos empréstimos do atacante hondurenho David Suazo (Benfica) e do meia português Ricardo Quaresma (Chelsea), além do brasileiro Kerlon, ex-Chievo, do atacante argentino Diego Milito e do volante brasileiro Thiago Motta, ex-Genoa. Além deles, foi anunciada recentemente a contratação do zagueiro brasileiro Lúcio, ex-Bayern. A Juventus, por outro lado, tem feito bastante movimento no mercado, tanto com nomes quanto com valores. Prova disso é a volta do consagradíssimo zagueiro Fabio Cannavaro, ex-Real Madrid, e das contratações dos brasileiros Diego (ex-Werder Bremen, por € 24,5 M), e Felipe Melo (ex-Fiorentina, por € 25 M). Enquanto isso, a Milan ainda não deu muito as caras no mercado, tendo apenas trazido ao elenco o técnico Leonardo e o zagueiro norte-americano Oguchi Onyewu, ex-Standard Liège.

Na Espanha, o atual campeão Barcelona também ainda não mexeu radicalmente no elenco, apesar de estar flertando com Ibrahimovic, da Inter. Enquanto isso, a torcida se contenta com as contratações brasileiras de Keirrison junto ao Palmeiras (que deve ser emprestado) e do lateral-esquerdo Maxwell, ex-Internazionale, por € 4,5 M. Agora o assunto é Real Madrid, então é inevitável falar de valores e nomes fortes. O Real, com saudades daqueles tempos em que não se incomodava em pagar valores astronômicos por grande nomes do futebol, resolveu voltar a ativa. Depois de anunciar a contratação do craque brasileiro Kaká por € 65 M junto à Milan como a maior da história, os merengues ainda bateram o próprio recorde ao assegurar a contratação do craque português Cristiano Ronaldo, do Manchester United, por € 94 M. E só pra dar uma equilibrada, os merengues ainda contrataram o zagueiro espanhol Raúl Albiol, ex-Valencia, por € 15 M e o atacante francês do Lyon, Karim Benzema, por € 35 M. É só fazer as contas e ver se o novo técnico Mauricio Pellegrini vai conseguir segurar tantas estrelas no eixo!

O Bayern Münich não quis saber de conversa. Contratou o treinador Louis van Gaal, do AZ Alkmaar e encomendou uma reestruturação do elenco. A partir daí já temos os atacantes Ivica Olic (ex-Hamburg) e Mario Gomez (ex-Stuttgart), o meia Danjel Pranjic (ex-Heerenveen), o volante Anatoliy Tymoschuk (ex-Zenit) e o defensor Edson Braafheid (ex-Twente). E ainda deve ter mais a caminho!

Bastante voltado para um mercado de jogadores sulamericanos, como sempre, o Porto vem tentando repôr algumas peças que está perdendo neste período, já que o mercado também é cruel com os clubes portugueses. Os jogadores da vez foram os defensores Maicon (ex-Nacional) e Alvaro Pereira (ex-CFR Cluj), os meias Fernando Belluschi (ex-Olympiakos) e Diego Valeri (ex-Lanús) e o atacante colombiano Falcão García (ex-River Plate).

Com a renda de Benzema (Real Madrid) e Keita (Galatasaray), o Lyon já fechou três gordas contratações para a temporada. Com a perda do principal atacante, a equipe se reforçou com o argentino Lisandro López, ex-Porto, além do meia Michel Bastos (ex-Lille) e do defensor Aly Cissokho, tambem do Porto.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Final da Temporada 2008/09 - Parte 6/6

Fechando a série de posts sobre a temporada européia de 2008/09, vamos agora falar dos matadores de cada país. Quem foram, quantos gols marcaram e quantos jogos disputaram. Chegou a hora de conhecer os artilheiros dos principais torneios europeus!

Na Barclays Premier-League, o francês Nicolas Anelka (Chelsea) foi o artilheiro com 19 gols marcados em 37 jogos disputados. A concorrência foi grande pela artilharia, com o português Cristiano Ronaldo (Manchester United) fazendo 18 gols e o inglês Steven Gerrard (Liverpool) em terceiro, com 16.

Na Serie A TIM, o craque sueco Zlatan Ibrahimovic (Internazionale) foi o artilheiro da competição com 25 gols marcados em 35 jogos. Até mais do que no inglês, a competição pela artilharia no italiano deu-se de forma valente por parte dos vice-artilheiros Marco Di Vaio (Bologna) e Diego Milito (Genoa), que marcaram 24 vezes.

A cada ano que passa o atacante uruguaio Diego Forlán (Atlético Madrid) mostra mais faro de gol e chega a artilharia do torneio pela segunda vez. Neste ano, na Liga BBVA, o atacante marcou 32 gols em 33 jogos, alcançando uma excelente marca de 0.97 gols por jogo. Atrás dele chegaram o camaronês Samuel Eto’o (Barcelona), com 30 gols, e o espanhol David Villa (Valencia), com 28.

Se Forlán foi impressionante no espanhol, que diremos do brasileiro Grafite (Wolfsburg)? Além de guiar a equipe para o primeiro título alemão, o jogador ainda foi o artilheiro da Bundesliga com 28 gols em 25 jogos, chegando a uma média de 1.12 gols por jogo. É tudo que um time precisa não? Logo atrás do brasileiro vem o bósnio Edin Dzeko (Wolfsburg) com 26 gols e em terceiro o alemão Mario Gómez (Stuttgart), com 24.

Na Ligue 1, nada de artilheiro campeão. Quem foi o matador da vez no país do iluminismo foi o francês Andre Pierre Gignac (Toulouse), com 24 gols em 38 jogos. Bem atrás ainda vêm os franceses Hoarau (Paris SG) e Benzema (Lyon), com 17 gols cada.

Com tantos candidatos teoricamente mais bem capacitados para a artilharia da Liga Sagres, quem se deu melhor nessa disputa foi o brasileiro Nenê (Nacional), que marcou 20 gols em 28 jogos. Logo atrás dele veio o também brasileiro Liédson (Sporting) e o paraguaio Oscar Cardozo (Benfica), com 17 gols.

O AZ Alkmaar além de ter feito uma campanha impressionante essa temporada, também nomeou um dos artilheiros da Eredivisie. O atacante marroquino El Hamdaoui (AZ Alkmaar) dividiu a artilharia com o uruguaio Luis Suárez (Ajax) com 23 gols em 31 jogos, ambos. Em terceiro lugar ficou o sueco Marcus Berg (Groningen) com 22 gols e, em quarto, o holandês Roy Makaay (Feyenoord), com 17.

Na Jupiler League o artilheiro também não levantou o caneco da competição. Boa surpresa do campeonato, o atacante colombiano Ruiz Alfonso (Westerlo) marcou 17 gols em 29 jogos, sagrando-se melhor marcador do torneio. Em seguida chegaram o congolês Dieumerci Mbokani (Standard Liège) e o belga Tom de Sutter (Cercle Brugge e depois Anderlecht), com 16 gols cada.

Um dos pilares da grande reação dos Rangers na Scottish Premier League, o atacante escocês Kris Boyd foi o artilheiro da competição com 28 gols em 34 jogos, chegando a uma boa média de 0.8 gols por jogo. Bem atrás dele vieram o australiano Scott McDonald (Celtic), com 16 gols, e o grego Georgios Samaras (Celtic), com 15.

Mesmo tendo chamado bastante atenção quando jogava no Liverpool, o atacante tcheco Milan Baros (Galatasaray) perambulou por alguns times na Europa até ir para a Turquia tentar recuperar o bom futebol e foi chuteira de ouro por lá, fazendo 19 gols em 31 jogos na Türkiye 1. Super Lig. Em seguida, vieram os turcos Taner Gülleri (Kocaelispor), com 17 gols e Umut Bulut (Trabzonspor), com 14.

Este ano não foi um grande ano para os atacantes da Alfa Ethniki Katigoria. Ainda mais considerando que um dos melhores times do país contratou o Souza para ser o principal atacante do elenco, já era de se imaginar né? (Se bem que depois de seis meses o Panathinaikos percebeu a burrada que fez e passou o encosto para o Corinthians). Enfim, como prova da incapacidade dos atacantes do país, o artilheiro da competição foi o meia argentino Luciano Galletti (Olympiakos), com 14 gols em 27 jogos. Em seguida e com o mesmo número de gols, mas tendo jogado mais vezes vem o também argentino Ismael Blanco (AEK), que disputou 32 partidas. Em terceiro chega o grego Dimitris Salpingidis (Panathinaikos), com 12 gols.

Na Ukraine Premier-Liha também apareceu um atacante de meio de tabela. O ucraniano Oleksandr Kovpak (SC Tavriya) marcou 17 gols em 28 jogos e deixou pra trás outros favoritos à premiação, como o ucraniano Oleksander Aliyev (Dynamo Kyiv) e o guineano Ismaël Bangoura (Dynamo Kyiv), com 13 gols em 26 jogos, ambos.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Final da Temporada 2008/09 - Parte 5/6

Depois de falarmos bastante sobre as primeiras divisões dos principais e obscuros campeonatos europeus, chegou a hora de saber quem são os clubes que ingressarão nestes torneios na temporada 2009-10!

Com o título antecipado da Coca-Cola Championship, o Wolverhampton já havia se garantido na Premier League da próxima temporada. O vice-campeão Birmingham levou a segunda vaga e na disputa por playoffs, o Burnley (5º) bateu o Reading (4º) e depois o Sheffield United (3º), garantindo o acesso. Do outro lado da tabela, é inevitável notar que o rebaixamento da segundona inglesa foi preenchido por Norwich (18º), Southampton (19º) e Charlton (20º), três clubes que há pouco tempo passaram pela Premier-League.

A Serie B se despediu nessa temporada de três integrantes tradicionais em sua tabela. Com o título, a Bari conseguiu acesso direto a Serie A, assim como a Parma com o vice-campeonato. Na disputa dos playoffs, Livorno (3º) e Brescia (4º) brigavam diretamente pela terceira vaga, vencida em resultado agregado por 5x2 pela Livorno, que confirmou a promoção.

A última rodada da Liga Adelante foi realmente de tirar o chapéu no quesito emoção. Faltando apenas uma rodada, o Tenerife (81 pontos) era líder, mas tinha a mesma quantidade de pontos do Xerez e um ponto a mais que o Zaragoza (80 pontos). Porém, na última rodada, o Tenerife foi derrotado em casa pelo Castellón (7º), abrindo espaço para o Zaragoza ou o Xerez levantarem a taça, precisando apenas vencer. Acontece que o Xerez e o Zaragoza também empataram (com o Celta em 1x1 e com o Rayo Vallecano em 2x2, respectivamente), e o Zaragoza perdeu a oportunidade de retornar à elite do futebol espanhol com um título, deixando o Xerez como campeão e o Tenerife na terceira posição.

A 2.Bundesliga teve um campeão inesperado, de certa forma. Mesmo enfrentando os favoritos Nürnberg, Mainz e Duisburg, o Freiburg surpreendeu a todos e levantou a taça da segundona alemã. O vice-campeão e também promovido foi o Mainz, deixando o Nürnberg disputar o playoff da primeira divisão contra o Energie Cottbus (clube 16º colocado na 1.Bundesliga). Assim, com resultado agregado de 5x0, o Nürnberg garantiu tranquilamente seu retorno à elite alemã.

Com chances de ser campeão até a última rodada da Ligue 2 Orange, o Strasbourg (65 pontos) entrou na última rodada precisando vencer o Montpellier (3º colocado - 63 pontos) fora de casa e torcer por um tropeço do líder Lens (68 pontos). Era o único clube que podia tirar o título dos auri-rubros. Mesmo com o tropeço do líder fora de casa para o Dijon (8º) por 1x0, o Strasbourg acabou derrotado pelo Montpellier, por 2x1. Isso acabou acarretando, no final do campeonato, a queda do Strasbourg da 2ª posição para a 4ª, e consequentemente à perda do direito ao acesso a Ligue 1. Assim, o Montpellier foi vice-campeão e o US Bologne, que bateu o Amiens por 4x0, também chegou a 66 pontos e foi o 3º colocado, também garantindo a promoção.
Apesar de o Olhanense já ter garantido a promoção e o título antecipadamente, a segunda vaga (e o vice-campeonato) só foram ratificados na última rodada da Liga Vitalis. Com 52 pontos, o Santa Clara só dependia de si mesmo para se classificar, sendo que enfrentaria o Feirense fora de casa na última rodada. Enquanto isso, com 51 pontos, o União de Leiria precisava vencer o Beira-Mar, também fora de casa. Dentro deste contexto, logo aos 30 minutos do primeiro tempo, o Feirense já vencia o Santa Clara e o União de Leiria já batia o Beira-Mar por 3x0. Com a derrota do Santa Clara, até um empate era garantia de promoção para o União. No final da rodada, o Santa Clara não conseguiu reagir e foi derrotado por 1x0 pelo Feirense (5º) enquanto o União de Leiria acabou vencendo o Beira-Mar (12º) por 3x2, garantindo-se na Liga Sagres 2009-10.
Com o título da Jupiler já garantido a algumas rodadas, o VVV-Venlo já tinha a promoção certa. Agora vamos ao mais interessante na Segundona Holandesa. As oito vagas para o playoff de promoção são dadas aos seis vencedores dos períodos da temporada (a temporada da segundona holandesa é dividida em seis períodos de seis jogos cada - além dos 36, dois jogos extras são disputados para completar o calendário; os melhores colocados de cada período asseguram uma das vagas) e aos outros dois melhores colocados no torneio que já não tenham garantido essa vaga. Desta forma, RKC Waalwijk (2º) e Cambuur (3º) garantiram as vagas por suas posições e Zwolle (4º), Excelsior (5º), Dordrecht (8º), TOP Oss (14º) e Telstar (17º) garantiram suas vagas via período. Além deles, como o VVV venceu um período, esta vaga extra ficou com o MVV (6º). Para bagunçar mais, Roda JC e de Graafschap (equipes da primeira divisão) entram na segunda fase dos playoffs. No final, o Roda acabou batendo o Cambuur nos penalties e se manteve na Eredivisie enquanto o RKC Waalwijk venceu o de Graafschap em resultado agregado de 6x3, assegurando sua promoção, além do vice-campeonato.

Próximo Post: Os Artilheiros

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Final da Temporada 2008/09 - Parte 4/6

Depois de abordarmos alguns dos principais e obscuros campeonatos nacionais da Europa, chegou a hora de fazer um apanhado geral de como as Copas Nacionais tiveram seu desfecho.

Apesar de ter eliminado o Manchester United nas semi-finais nos penalties e ter feito 1x0 no primeiro minuto de jogo da final, o Everton não resistiu ao Chelsea e acabou sendo derrotado de virada por 2x1 pela FA Cup, gols de Lampard e Drogba. O Chelsea levantou o título pela 5ª vez.

Finalistas surpreendentes foram os da TIM Cup, tendo em conta que as semi-finais foram Lazio x Juventus e Sampdoria x Internazionale. A final acabou sendo decidida nas penalidades máximas depois de Lazio e Sampdoria terem empatado no tempo normal em 1x1, gols de Mauro Zárate para os alvicelestes e Giampaolo Pazzini para a Samp. Com a perda dos penalties por Antonio Cassano e Tommaso Rocchi, a decisão só terminou quando Ousmane Dabo converteu para a Lazio e Hugo Campagnaro desperdiçou para a Sampdoria. Desta forma, a Lazio levantou o caneco pela 5ª vez ao vencer a Sampdoria nos penalties for 6x5.

O Athletic Bilbao surpreendeu na Copa del Rey ao bater o Sevilla nas semi-finais e encarar o Barcelona na final, que havia derrotado o Mallorca. Porém, os alvirrubros bascos não conseguiram segurar o campeão espanhol e europeu e, apesar de terem aberto o placar aos 8 minutos do primeiro tempo com Toquero, o Barcelona em uma chuva de gols virou o jogo para 4x1 (Yaya Touré, Lionel Messi, Bojan Krkic e Xavi). Assim, os blaugranas levantaram o título pela 25ª vez.

A DFB-Pokal terminou com uma vitória simples do Werder Bremen sobre o Bayer Leverkusen. Com um gol de Mesut Özil aos 58 minutos de jogo, o Werder selou a vitória por 1x0 e se segurou no final do jogo, inclusive amarelando o goleiro Tim Wiese, o volante Torsten Frings e o defensor Peter Niemeyer nos últimos dez minutos de jogo. Este foi o 6º título do Werder Bremen na DFB-Pokal.

Para desbancar de vez o Lyon, o Bordeaux além de vencer na Ligue 1 também levantou o caneco da Coupe de la Ligue desta temporada. Com uma boa vitória sobre o fraco Vannes (terminou em 10º lugar na Ligue 2) por 4x0 na final, o Bordeaux levantou pela 6ª um título de copa francesa, mas o 3º da Coupe de la Ligue.

Com eliminações precoces de Sporting e Benfica, o título da Taça de Portugal já parecia bem encaminhado para o Porto. Principalmente quando a final seria disputada contra o Paços de Ferreira, que não conseguiu nada além de um 10º lugar na Liga Sagres. Com um gol do argentino Lisandro López aos 6 minutos de jogo, o Porto fez o resultado que garantiu seu 18º título.

Numa final emocionante, Heerenveen e Twente disputaram o título da KNVB-beker. Com o empate das duas equipes no tempo normal em 1x1, o Heerenveen assumiu vantagem no confronto aos 112 minutos com Bonaventure Kalou, mas faltando apenas dois minutos para o final, Youssouf Hersi empatou para o Twente, levando a decisão para os penalties. As últimas cobranças seriam de Gerald Sibon, para o Heerenveen, e Hersi, para o Twente. Resultado, o Heereveen foi campeão pela primeira vez da KNVB-beker por 5x4 nos penalties.

Em um confronto de meio de tabela na decisão da Cofidis Cup, o Genk (7º) bateu o KV Mechelen (10º) por 2x0, com dois gols de Marvin Ogunjimi. Com o resultado, o Genk chegou ao seu 3º título da Copa da Bélgica.

Com uma eliminação precoce do Celtic na Homecoming Scottish Cup nas quartas-de-final para o St. Mirren, o Rangers pôde se sentir praticamente campeão. Com um gol de Nacho Novo no início do segundo tempo, o Rangers bateu o Falkirk na final por 1x0 e garantiu seu 33º título da competição, apenas um a menos que o rival Celtic.

A Fortis Türkiye Kupasi foi a garantia do Besiktas de mais um título na temporada. Enfrentando o rival Fenerbahçe na final, os alvinegros bateram os Yellow-Navy Blues por 4x2, com dois gols do brasileiro Bobô, um do turco Yusuf Şimşek e o último do eslovaco Filip Hološko. O Fener diminuiu com o espanhol Güiza e de penalty com o brasileiro Alex.

O Vorskla Poltava mais uma vez chamou atenção nesta temporada. Depois de chegar em 5º lugar no campeonato ucraniano, a equipe de Poltava bateu o Shakhtar Donetsk por 1x0 na final da DATAGROUP Ukraine Cup com gol de Vasyl Sachko aos 5 minutos do segundo tempo. Desta forma, o Vorskla chegou ao seu primeiro título da copa nacional e o segundo de sua história (além do título da Ukranian Persha Liha – segunda divisão – em 95/96).

Incontestável é a presença da Greek Cup neste post. O clássico ateniense entre Olympiacos e AEK na final já era motivo de apreensão, imagine quando aos 10 minutos do primeiro tempo Ismael Blanco já havia marcado dois gols para o AEK? E quando nos acréscimos do segundo tempo, Ignácio Scocco havia aumentado a vantagem do AEK para 3x2 e, 5 minutos depois, Matt Derbyshire empatou novamente a partida? E quando faltando dois minutos para acabar o primeiro tempo extra, Luciano Galletti marcasse a virada do Olympiacos para 4x3 e, dois minutos depois do início do segundo tempo, Scocco empatasse de novo? Com o jogo em 4x4, o que você acha de colocar os goleiros para bater duas vezes as penalidades máximas? Quem sabe AEK 14x15 Olympiacos em plena final? Agustín Pelletieri, ao bater o 17º penalty da disputa acabou disperdiçando a oportunidade de manter o AEK na briga pelo título, sendo que o goleiro alvirrubro, Antonis Nikopolidis, converteu sua segunda cobrança, garantido o 24º título da equipe de Piraeus. (Detalhe: Diogo, ex-Portuguesa, à esquerda da foto.)

Qualquer informação adicional, basta solicitar pelos comentários do blog, sendo possível fazer apêndices nos próximos posts para matar a curiosidade de nossos leitores. Quer saber como terminou a Copa da Polônia, da Romênia ou Bulgária? Fique a vontade!

Próximo Post: Divisões de Acesso.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Final da Temporada 2008/09 - Parte 3/6

Pra quem acha que só torneio milionário é importante, vamos vasculhar um pouco mais os campeonatos europeus!

Na Türkiye 1. Süper Lig, o Besiktas só assegurou seu 13º título na última rodada ao vencer o Denizlispor por 2x1 fora de seus domínios. Com uma vantagem de dois pontos adquirida na 31ª rodada, quando o Sivasspor foi derrotado pelo Istanbul BB e o Besiktas bateu o Ankaraspor. Desde então, os alvinegros mantiveram a vantagem e na última rodada, com a derrota do Sivasspor para o Galatasaray por 2x1, este montante de pontos aumentou para cinco. Com o vice-campeonato, o Sivasspor se classificou para a fase preliminar na UCL. Enquanto isso, o Trabzonspor (3º) se classificou para a Europa League, enquanto Fenerbahçe (4º) e Galatasaray (5º) garantiram as vagas preliminares do outro torneio. Do outro lado da tabela, enquanto a algumas rodadas o Kocaelispor (17º) e o Hacettepespor (18º) já tinham assegurado seus lugares na segunda divisão turca do próximo ano, apesar de o Konyaspor (16º) ter vencido na última rodada e o Gençlerbirligi (14º) e o Denizlispor (15º) terem sido derrotados, como o segundo critério de desempate na Turquia é o confronto direto, os três clubes ficaram com a mesma quantidade de pontos mas o Gençlerbirligi e o Denizlispor conseguiram se salvar do rebaixamento.
A Alfa Ethniki Katigoria já conhecia seu campeão com três rodadas de antecedência. O Olympiacos conseguiu abrir 11 pontos para o segundo lugar (na época) Panathinaikos faltando apenas três jogos e garantiu seu 37º título e pentacampeonato consecutivo. O vice-campeonato acabou ficando com o PAOK, que ultrapassou o Panathinaikos (3º) na penúltima rodada ao vencer o Xanthi, enquanto os alvi-verdes empataram com Pansseraikos em 0x0. Além dos dois, o AEK Athens (4º) e o Larisa (5º) também garantiram vaga nos Playoffs da competição para disputar as outras vagas continentais. O Panathinaikos acabou ficando com a vaga na UCL, enquanto os outros três ficaram com as outras vagas na Europa League. Do outro lado da tabela, a algum tempo OFI (14º), Pansserraikos (15º) e Thrasyvoulos (16º) já estavam garantidos na Beta Ethniki.

A Ukraine Premier-Liha já estava definida com quatro rodadas de antecedência. Apesar de o rival Shakhtar Donetsk ter garantido o título da última UEFA Cup, o campeão nacional da Ucrânia foi o Dynamo Kyiv, que manteve a vantagem de 12 pontos para o adversário desde então. Desta forma, o Dynamo, maior campeão nacional, chegou ao seu 13º título. As vagas da Europa League ficaram com o Metalist Kharkiv (3º), o Metaluhr Donetsk (4º) e o Vorskla Poltava (5º). Relegados para a Ukraine First Division acabaram sendo o FC Lyiv (15º) e o FC Kharkiv (16º).

A Austrian Bundesliga teve seu campeão definido na penúltima rodada, quando o Red Bull Salzburg tinha 4 pontos de vantagem para o Rapid Wien, e mesmo com o Salzburg sendo derrotado pelo SV Mattersburg em casa, o Rapid perdeu para o Sturm Graz e não tinha mais condições de alcançar o adversário. Com o resultado, o Red Bull Salzburg chegou ao seu quinto título austríaco e garantiu uma vaga na fase preliminar da UCL. As vagas da Europa League ficaram com o Rapid Wien (2º), Austria Wien (3º) e com o Sturm Graz (4º). O rebaixado para a Austrian First League foi o SCR Altach (10º).

A Czech Gambrinus Liga se definiu na antepenúltima rodada, quando faltando apenas dois jogos o Slavia Praha já tinha aberto uma vantagem de 8 pontos para o Slovan Liberec e para o Sparta Praha. Com isso, o Slavia chegou ao seu 3º título e assegurou uma vaga na UCL junto ao Sparta, vice-campeão. As vagas na Europa League ficaram com o Slovan Liberec (3º) e com o Sigma Olumouc (4º), além do Teplice (7º), campeão da Czech Republic Football Cup. A Czech 2. Liga 2009-10 também terá a presença do Tescoma Zlín (15º) e do Viktoria Zizkov (16º).

A Swiss Super League tem presenciado uma ascensão forte do FC Zürich. Dos últimos quatro torneios, três foram vencidos pela equipe, que conquistou seu 12º título este ano e a vaga na UCL. Com isso, a equipe se igualou em número de tentos ao FC Basel. As vagas da Europa League ficaram, por sua vez, com os vice-campeões do Young Boys, com o FC Basel (3º) e com o Sion (8º), campeão da Swiss Cup. Um posição abaixo do Sion, o FC Luzern (9º) disputou os playoffs de rebaixamento contra o AC Lugano, vencendo em resultado agregado de 5x1 e se mantendo na primeira divisão. Já o clube de Liechtenstein, o FC Vaduz, não teve a mesma sorte e com a 10ª colocação disputará a Challenge League 2009-10.

A SAS-Ligaen teve um novo maior campeão depois dessa temporada. O FC København chegou ao 7º título de sua história, ultrapassando o Brondby. Com isso, a equipe da capital (que também venceu a Dannish Cup) ainda se garantiu na fase preliminar da UCL do próximo ano, deixando as vagas na Europa League com o Odense BK (2º), o Brondby (3º), o AaB (7º - por ter sido o vice campeão da Dannish Cup) e com o Randers FC (5º), por ter sido o clube mais Fair Play do torneio. Os 11º e 12º colocados, Vejle B e o AC Horsens, respectivamente, foram rebaixados.

A Orange Ekstraklasa foi definida na última rodada apesar do título ter estado bem encaminhado. Com uma vantagem de três pontos para o Legia Warszawa, o Wisla Kraków só precisava de um empate contra o Slask Wroclaw pra garantir o caneco. Com a vitória por 2x0, o Wisla levantou o título polonês pela 12ª vez, se aproximando mais dos maiores campeões poloneses, o Górnik Zabrze (rebaixado essa temporada para a First League) e o Ruch Chorzów, que venceram 14 vezes. As vagas na Europa League ficaram com o Legia, vice campeão, com o Lech Poznan (3º e campeão da Polish Cup) e com o Polonia Warszawa (4º). Além do Górnik, o LKS Lódz recebeu uma determinação de disputar a próxima First League por não ter acertado as contas e não ter condições de disputar a Ekstraklasa no próximo ano (mesmo que com a sua pontuação tivesse ficado em 8º lugar). Apesar disso, a decisão oficial sairá dia 25 de junho.

A Liga I teve novo campeão nesta temporada. Apesar de nem tão novo, o Unirea Urziceni completa 55 anos em 2009 e levantou o título romeno pela primeira vez em sua história. O título foi quase assegurado na penúltima rodada, quando o Unirea bateu o Poli Timisoara (então líder) no estádio adversário e abriu uma vantagem de dois pontos para o adversário. Na rodada final, o Unirea empatou com o Steaua enquanto o Poli foi derrotado pelo Brasov, ficando com o vice-campeonato. Desta forma, Unirea e Poli se classificaram para a UCL 09-10. As vagas da Europa League acabaram ficando com o Dinamo Bucaresti (3º), o CFR Cluj (4º), o FC Vaslui (5º) e com o maior campeão romeno, o Steaua, que decepcionou com um sexto lugar. Na outra ponta da tabela, Gaz Metan (15º), Farul (16º), CS Otopeni (17º) e Gloria Buzau (18º) caíram para a Liga II.

A Prva HNL fez do Dinamo Zagreb tetracampeão consecutivo. Com uma boa vantagem de seis pontos para ao vice Hajduk Split, o Dinamo levantou o caneco croata pela 11ª vez em sua história e assegurou sua vaga na segunda eliminatória da UCL 09-10. Enquanto isso, o Hajduk, o Rijeka (3º) e o Slaven Belupo (4º) disputarão a Europa League. Na outra ponta da tabela, o Croatia Sesvete (12º) disputou playoffs de rebaixamento contra Hrvatski Dragovoljac, vencendo por 2x1 e evitando o rebaixamento. Esse playoff entre o último colocado da Prva contra o 6º da Druga se deu por conta da expansão da Prva para 16 times, logo os quatro primeiros colocados da Druga seriam promovidos automaticamente, com uma vaga no playoff para o 5º. Como o Slavonac (4º da Druga) abdicou da vaga, o Medimurje (5º) herdou-a e o Dragovoljac (6º) disputou o playoff.

Com a recente separação sérvia, o campeonato nacional acabou tendo seus título resetados. Isso significa que, apesar de ter sido o 21º título nacional, o Partizan conquistou seu segundo título da Meridian SuperLiga. Com os onze pontos de vantagem sobre o vice, Vojvodina, o Partizan já era campeão com duas rodadas de antecedência e já estava garantido na segunda eliminatória da UCL. O vice-campeão Vojvodina e o 3º colocado, o Red Star, ficaram com as vagas na Europa League. Do lado oposto da tabela está o Banat Zrenjanin (12º), rebaixado para a Serbian First League.

Próximo Post: Copas Nacionais.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Final da Temporada 2008/09 - Parte 2/6

Seguindo com a série de posts sobre o final da corrente temporada, confira o desfecho de alguns dos campeonatos nacionais de menor expressão da Europa.

A Ligue 1 teve um final de certa forma emocionante. Apesar de o Bordeaux ter aberto três pontos de vantagem para o Marseille na 36ª rodada e só dependia de si mesmo para ser campeão, as duas últimas rodadas foram marcadas pela emoção minuto a minuto entre os resultados dos clubes. Na última rodada, porém, mesmo com o Marseille goleando o Rennes por 4x0, o Bordeaux venceu o Caen por 1x0 fora de casa, precisando apenas de um empate. Com isso, o Bordeaux levantou a taça da Ligue 1 pela sexta vez na sua história, empatando o número de título com o Stade Reims, rebaixado esta temporada para a 3ª divisão francesa. Em segundo e com a vaga na fase de grupos da UCL ficou o Olympique de Marseille, três pontos atrás do campeão. A última vaga da UCL ficou com o Lyon, terceiro colocado. As vagas da Europa League ficaram com o Toulouse (4º) e com o Lille (5º), seguidos pelo Paris Saint-German (6º), que acabou ficando fora das competições continentais. O curioso é que esses três últimos clubes citados tinham 64 pontos e suas posições foram decididas pelo seus saldos. O tradicional Saint-Éttiene fugiu no rebaixamento na última rodada com uma boa vitória sobre o Valenciennes, que acabou rebaixando o Caen (18º). Os outros rebaixados foram o Nantes (19º) e o Le Havre (20º).

A Liga Sagres já conhecia virtualmente seu campeão na 28ª rodada, quando o Sporting permitiu que o Porto abrisse 6 pontos de vantagem faltando somente duas rodadas para o final do campeonato. Desta forma, na 29ª rodada o Porto já se sagrava campeão português pela 24ª vez ao vencer o Trofense fora de casa por 4x1. O Sporting ficou em segundo lugar, ficando com a vaga na fase eliminatória da UCL, enquanto o Benfica ficou com a vaga na Europa League, junto ao Paços de Ferreira (10º), vice-campeão da Carlsberg Cup. As vagas na fase preliminar da Europa League ficaram com o Nacional da Madeira (4º) e com o Sporting Braga (5º). Na outra ponta da tabela, o tradicional Belenenses (15º) e o recém-promovido Trofense (16º) disputarão a Liga Vitalis na próxima temporada.

A Eredivisie teve seu campeão definido desde a 31ª rodada, mesmo que os torcedores já soubessem quem seria o vencedor. Faltando três jogos para disputar, o AZ Alkmaar mantinha uma vantagem de 11 pontos para o vice-líder Twente. Com o feito, o AZ volta a conquistar a Eredivisie depois de 18 anos e chega ao seu segundo título. Em segundo lugar e com vaga na fase preliminar da UCL ficou o Twente. As vagas diretas da Europa League ficaram com o Ajax (3º) e com o Heerenveen (5º), campeão da KNVB-Cup. O PSV (4º) se classificou para a fase preliminar da Europa League, enquanto Groningen (6º), Feyenoord (7º), NAC Breda (8º) e Utrecht (9º) disputaram Playoffs pela outra vaga, que acabou com o NAC Breda. Na outra ponta da tabela, Roda JC (16º) e de Graafschap (17º) disputaram Playoffs pela permanência na Eredivisie, onde só o Roda conseguiu garantir sua permanência ao vencer o Cambuur nos pênaltis. Em último lugar e já garantido na Jupiler da próxima temporada ficou o Volendam (18º).

A Jupiler League teve um final emocionante e diferente para os padrões europeus. Como na última rodada o Standard Liège e o Anderlecht estavam empatados em pontos e vitórias, uma final foi disputada em dois jogos. Com um resultado agregado de 2x1 para o Standard, o clube de Liège chegou ao bicampeonato consecutivo e ao décimo nacional, chegando à 4ª posição dos clubes mais vencedores do país, atrás de Anderlecht, Club Brugge e Union Saint-Gilloise (time que atualmente está na 3ª divisão belga). Com o vice-campeonato, o Anderlecht disputará a fase preliminar da UCL. A vaga direta da Europa League ficou com o Racing Genk, campeão da Belgian Cup. As vagas nas fases iniciais da competição ficaram com o Club Brugge (3º) e com o Gent (4º). Os playoffs do rebaixamento deixaram o Dender (15º) na Belgian Second Division, enquanto o Roeselare (16º) conseguiu se salvar ao alcançar 13 pontos no grupo que disputava a vaga na Jupiler League. Mais embaixo da tabela ficaram o Tubize (17º) e o Mons (18º).

A Scottish Premier League surpreendeu, de fato. Depois de o Celtic manter durante quase todo o campeonato a liderança com uma larga vantagem para os rivais Rangers, os alviverdes acabaram cedendo a passagem. Com a vitória dos Rangers sobre o Dundee por 3x0 na última rodada, não adiantaria mais o Celtic tentar vencer o Hearts (jogo que terminou 0x0). Desta forma, o Rangers chegou ao seu 52º título, aumentando a vantagem para o Celtic para 10 títulos. Com o vice-campeonato, o Celtic disputará a fase preliminar da próxima UCL. O Hearts (3º) e o Aberdeen (4º) se classificaram para a próxima Europa League, enquanto pelo vice-campeonato da Scottish Cup, o Falkirk (10º) ficou com uma das vagas da fase preliminar e o Motherwell (7º), por ter sido o segundo time mais Fair Play do torneio (já que o Celtic foi o primeiro e já tinha vaga na UCL) com a outra. No fim da tabela, o Inverness (12º) acabou rebaixado para a Scottish First Division.
Próximos Campeonatos: Turquia, Grécia, Ucrânia, Áustria, República Tcheca, Suíça, Dinamarca, Polônia, Romênia, Croácia e Sérvia.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Final da Temporada 2008/09 - Parte 1/6

Chegamos ao final mais uma temporada européia e, aos poucos, eu vou colocando o resumo de cada uma das competições que têm o final de seus calendários datados em maio. Primeiramente, um grande resumo do final dos principais torneios europeus continentais e nacionais.

A UEFA Champions League terminou fazendo do Barcelona tricampeão europeu. Tenho consciência de que apostei minhas fichas no Manchester United, que sinceramente só me fez não reconhecer a equipe. Em momento algum no jogo foi possível ver o Manchester que jogou ano passado a decisão contra o Chelsea, porque sinceramente durante toda a temporada 2008-09 os Red Devils não foram os mesmos. Enquanto isso, na Catalunha, o Barcelona comemora a tríplice coroa espanhola, depois de esbanjar belo futebol por todo o ano. O destaque do torneio e da final, na minha opinião, foi o meia espanhol Xavi, do Barcelona.

A UEFA Cup foi o principal motivo de comemoração dos ucranianos do Shakhtar Donetsk, que bateram os alemães do Werder Bremen na final por 2x1. Apenas com gols de brasileiros na final (Naldo para o Werder e Luiz Adriano e Jádson para o Shakhtar), os ucranianos levantaram o caneco pela primeira vez na história. A equipe eliminou os rivais compatriotas do Dynamo Kyiv nas semi-finais, e ainda o Olympique de Marseille e o CSKA Moskva nas quartas e oitavas-de-final, consecutivamente.

A Barclays Premier League teve uma reta final emocionante, com o Manchester United levantando a taça pela 18ª vez, empatando com o Liverpool em número de conquistas. Com quatro pontos de vantagem no final, os Red Devils comemoraram o título com duas rodadas de antecedência, quando ainda tinha seis para o rival Liverpool que terminou como vice-campeão. Classificado diretamente para a fase de grupos da UCL, o Chelsea terminou a competição em terceiro lugar e o Arsenal, classificado para a fase de Playoff, ficou em quarto. As vagas da Europa League 09-10 (extinta UEFA Cup) ficaram com Everton (5º), Aston Villa (6º) e Fulham (7º). Na parte inferior da tabela, despediram-se da competição (rumo à Coca-Cola Championship 09-10) o Newcastle (18º), o Middlesbrough (19º) e o West Bromwich Albion (20º).

A Serie A TIM consagrou pela 17ª vez a Internazionale como campeã italiana, chegando ao 4º título seguido. Com 10 pontos de vantagem no final, a Inter já era campeã com duas rodadas de antecedência. As vagas na UCL 09-10 ficaram com a Juventus, vice-campeã, com a Milan (3ª) e com a Fiorentina, quarta colocada que disputará a fase preliminar da competição continental. As vagas na Europa League ficaram com a Genoa (5ª) e Roma (6ª), além da Lazio (10ª), que foi campeã da TIM Cup. Do outro lado da tabela escaparam por muito pouco do rebaixamento a Chievo (16ª) e a Bologna (17ª), com apenas três pontos na frente da Torino (18ª). As outras equipes rebaixadas foram a Reggina (19ª) e a Lecce (20ª).

A Liga BBVA foi um dos motivos de festa do Barcelona nesta temporada. A equipe da Catalunha já era campeã com duas rodadas de antecedência, quando mantinham 8 pontos de vantagem para o vice-líder, Real Madrid. Os blaugranas levantaram a taça pela 20ª vez e estavam desde a temporada 2005-06 sem o título. As vagas na UCL ficaram com o vice-campeão, Real Madrid, o Sevilla (3º) e o Atlético de Madrid (4º), que jogará a fase preliminar. As vagas na Europa League ficaram com o Villarreal (5º) e o Valencia (6º), além do Athletic Bilbao (13º), pelo vice-campeonato na Copa del Rey. Salvo pelo saldo de gols, o Getafe (17º) escapou por muito pouco da Liga Adelante 09-10, tendo ficado acima do Real Betis (18º), do Numancia (19º) e do Recreativo (20º).

Na Bundesliga, todas as atenções estavam voltadas para o caçulinha Hoffenheim, mas no final quem ergueu a taça acabou sendo um novato também (por ter conseguido isso pela primeira vez este ano). O Wolfsburg garantiu o título na última rodada, com uma boa vitória sobre o Werder Bremen por 5x1, enquanto o Bayern vencia o Stuttgart por 2x1 e a vantagem alvi-verde se mantinha nos dois pontos. O Bayern München, como vice-campeão, tem vaga garantida na UCL da próxima temporada e o Stuttgart, terceiro colocado, se classifica para a fase preliminar. As vagas na Europa League ficaram com o Hertha Berlin (4º), com o Hamburg (5º) e com o Werder Bremen (10º), campeão da DFB Pokal. Do outro lado da tabela, o Energie Cottbus (16º) disputou o playoff de rebaixamento para a 2.Bundesliga, sendo derrotado pelo Nürnberg e carimbando o passaporte para a segunda divisão, e ao seu lado ainda estão o Karlsruhe (17º) e o Arminia Bielefeld (18º).
Próximos Campeonatos: França, Portugal, Holanda, Bélgica e Escócia (2).
Nesta Série: Outros Campeonatos Europeus (3); Copas Nacionais (4); Artilheiros (5) e Divisões de Acesso (6).

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Rufem os tambores...

O que esperar do jogo hoje?

Analisando o histórico desta temporada das duas equipes e seus pontos fortes e fracos, é possível estabelecer um padrão nas equipes treinadas por Pepe Guardiola e Sir Alex Ferguson. Nesta pacata tarde de quarta-feira, em Roma, as duas melhores equipes do mundo se enfrentam na disputa pelo título de clubes mais importante do mundo. Megalomaníaco, não?

Barcelona... A equipe blaugrana, como todas as equipes espanholas, tem em seu ponto forte o ataque e ponto fraco a defesa. A questão é: o Barcelona é o melhor time da Espanha e está na disputa para ser o melhor do mundo. Traduzindo, temos aí um super-ataque! Afinal, ao olhar para Lionel Messi, Thierry Henry e Samuel Eto’o, quem teria a ousadia de dizer que este não é o melhor ataque do mundo!? Mas por outro lado, Puyol, Sylvinho, Márquez, Pique, Abidal... que defesa é essa? De fato, de melhor do mundo isso não está nem perto! Mas como nenhum time é feito só de ataque e defesa, o Barça tem em seu meio-campo uma outra grande arma contra os Red Devils. Xavi, Iniesta, Touré, Keita e Dani Alves. Opções pra lá de fartas pra Guardiola desbancar o atual campeão da UCL. Victor Valdés é um bom goleiro, mas também não está no nível de um clube que disputa para ser o melhor do mundo, ainda sim ele dá um caldo (apesar de não ter um grande histórico em disputas por pênalties).



Manchester United... Os Red Devils, de fato, entram na decisão como favoritos. Por quê? Porque eles são os atuais campeões do torneio, tem um elenco muito equilibrado, o melhor jogador do mundo e o melhor técnico do mundo. Isso não quer dizer que será um massacre, de maneira alguma. Afinal, no confronto entre os maiores gigantes do mundo do futebol atualmente, favoritismo é apenas uma questão estatística. “Quem teria a ousadia de dizer que este não é o melhor ataque do mundo!?”. Eu acabei de escrever isso no parágrafo acima e tenho a resposta. Quem teria essa ousadia seria quem olhasse pro ataque do Manchester United. Obviamente, tudo é questão de opinião; mas é uma disputa acirrada comparar a tríade espanhola à Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney e Dimitar Berbatov, sabendo que Carlitos Tevez está no banco. Agora falando de uma grande defesa (que não me façam morder a língua, ou quebrar o dedo...), o Manchester United conta com os pilares Rio Ferdinand e Nemanja Vidic, com o apoio do excelente Patrice Evra e do experiente Gary Neville. Os Red Devils ainda contam com os talentosos Fábio e Rafael no banco e o polivalente John O’Shea. E o meio-campo? Giggs, Scholes, Anderson, Carrick, Nani e Park. E QUE meio-campo! Se Guardiola está muito bem quanto às suas opções, que dirá Ferguson! A segurança da defesa do Manchester ainda passa nas mãos do fantástico Edwin van der Sar, que ao contrário do adversário, tem um longo histórico em disputa de pênalties. Experiente e ágil, o goleiro reencontrou seus grandes momentos de Ajax ao assinar com o Manchester United em 2005, vindo do Fulham.

Botando as suas equipes uma de frente pra outra, não é preciso ser nenhum grande entendedor de futebol pra imaginar o que deve acontecer. Apesar de ser a final da competição de clubes mais importante do mundo em jogo único (pouca coisa), o Barcelona tem consciência de que a sua defesa não tem muito nível pra segurar o ataque inglês e deve tentar manter a posse de bola no campo de ataque, com seus melhores jogadores. Por outro lado, o Manchester United sabe muito bem jogar contra equipes ofensivas, tendo em conta que seu ataque é rápido e talentoso e sua defesa é muito confiável. Tudo bem que isso tudo não passa de especulação, mas é o mais provável.


Num jogo deste de titãs, o que podemos fazer é sentar na frente da tevê, degustar uma boa cerveja e gozar do privilégio de estar assistindo a um espetáculo deste calibre.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Quartas de Final - UCL - 14 e 15/04

O blog Bolas na Área tem passado por alguns momentos de “recessão”, mas mesmo assim ainda há tempo de acompanhar o final da temporada européia, principalmente quando falamos de Liga dos Campeões!

Quartas-de-Final - Jogos de Volta

Arsenal [ENG] x Villarreal [ESP]Emirates Stadium, Londres

O jogo de ida, na Espanha, terminara em 1x1, o que dava a vantagem para o Arsenal do empate em 0x0. Logo, o Villarreal precisava correr atrás do resultado, mas logo aos 10 minutos da primeira etapa, Theo Walcott recebe um lindo passe de calcanhar e encobre o goleiro Diego López, abrindo o placar para os Gunners. Mesmo com o jogo um pouco parado em chances de gol, o Villarreal perdeu duas chances razoáveis no final da primeira etapa. Aos 60 minutos de jogo, Adebayor recebe uma bela enfiada de bola de van Persie e amplia o marcador, praticamente selando a vitória inglesa. Ela só não foi selada por este gol porque 9 minutos depois Godín fez penalty em Walcott e van Persie converteu, selando a classificação dos Gunners para a semi-final da Liga dos Campeões.

Porto [POR] x Manchester United [ENG]Dragão, Porto

O primeiro jogo foi motivo de preocupação para toda a torcida dos Red Devils. Mesmo mantendo a invencibilidade da equipe na competição, o Manchester empatou em 2x2 com o Porto em pleno Old Trafford, deixando a vantagem do empate de 0x0 ou 1x1 com os portugueses. Mas o balde de água fria no Porto viria dos pés de um português. Cristiano Ronaldo logo aos 6 minutos de jogo acertou um canudo a 40 metros de distância no ângulo do goleiro brasileiro Hélton. A partir de então, o Porto tentava atacar de certa forma desorganizada, principalmente com a lesão de Lucho González, ainda no primeiro tempo. Aos 30 minutos, o Manchester quase ampliou com Giggs e logo depois com Vidic, que perdeu um gol embaixo da trave. Na segunda etapa, o Manchester soube muito bem segurar a vantagem e esperar pelo Porto, que abafou mas não conseguiu mudar seu destino. Red Devils nas Semi-Finais!

Chelsea [ENG] x Liverpool [ENG]Stamford Bridge, Londres

Depois de uma bela vitória dos Blues de virada em Anfield Road (por 3x1), podemos dizer que quase tivemos uma “pelada” em Stamford Bridge. Não pela qualidade das equipes, que são incontestavelmente duas das melhores do mundo, mas pelo placar. Mesmo sem Gerrard, o Liverpool partiu pra cima dos rivais e logo aos 16 o brasileiro Fábio Aurélio cobrou uma falta rente a trave, enganando o goleiro Petr Cech que saíra do gol para cortar um cruzamento. Aos 28, em mais uma falta para o Liverpool, Fábio Aurélio cruzou e Ivanovic fez penalty em Xabi Alonso, convertido por ele mesmo. Ainda no primeiro tempo os Reds estiveram por muito pouco para marcar outro, com Kuyt de cabeça. O primeiro tempo terminava em 2x0 para o Liverpool, precisando de apenas um gol para a classificação. Cabia a Rafa Benítez e Guus Hiddink darem injeções de motivação a suas equipes no intervalo.
Aos 6 minutos da segunda etapa, Anelka cruzou para o leve desvio de Drogba, que contou com falha do goleiro Reina. 2x1. Ali começava a reação londrina. Aos 12 minutos, o zagueiro Alex soltou um foguete de falta e empatou a partida, derrubando o moral dos Reds. Com o Liverpool partindo pra cima, o Chelsea achou espaços para contra-atacar e em cruzamento de Drogba, Lampard virou aos 76 minutos de jogo. Neste momento, parecia tudo acabado para o Liverpool. Porém, aos 81, Lucas chutou de fora da área e contando com o desvio de Essien, a bola acabou no fundo das redes do Chelsea, dando novo gás para os Reds. Aos 83, Kuyt virou de cabeça. 4x3 para o Liverpool e agora precisavam mais uma vez de apenas um gol. Porém (não chega de poréns!?), no último minuto do tempo normal, Lampard recebeu na entrada da área dos Reds após boa troca de passes e acertou o canto de Reina, selando a classificação do Chelsea, com um empate em 4x4 em casa. Pelada? Só se for no número de gols...

Bayern Munich [GER] x Barcelona [ESP]Allianz Arena, Munich

Depois de golear a equipe alemã na Espanha (por 4x0), o Barcelona entrou em campo apenas para segurar o jogo. Aos 5 minutos, Toni teve chance clara de gol e acabou furando, perdendo boa chance do Bayern de abrir o placar bem cedo. Apesar de parecer que a equipe alemã viria pra cima, os espanhóis continuaram cozinhando o jogo e tocando bola, só deixando a ofensiva bávara se aproximar perigosamente da meta de Valdés aos 43 minutos numa finalização de Toni, em bom passe de van Bommel. Logo no 2º minuto da segunda etapa, Ribery aproveitou bobeada da defesa catalã e abriu o contador em favor do Bayern. Após o gol, o Bayern continuou refém da troca de passes do Barcelona, sem conseguir avançar com perigo. E aos 73 minutos, Eto’o e Iniesta fizeram boa tabelinha e o meia Xavi recebeu próximo a marca do penalty, rolando para Keita empatar a partida. Com o placar final de 1x1, o Barcelona avança para as semi-finais da competição.


Semi-Finais - 28/04

Manchester United [ENG] x Arsenal [ENG] – Old Trafford, Manchester
Barcelona [ESP] x Chelsea [ENG] – Camp Nou, Barcelona

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A Janela de Transferências de Janeiro

Para celebrar a minha volta ao blog depois de algum tempo, falarei aqui brevemente da janela de transferências do meio de temporada do Futebol europeu.

Por ser uma janela de meio de temporada, as transferências são menores por si só, já que os times procuram dar aquela consertada que o elenco precisa, e não trazer uma solução milagrosa, geralmente (a menos que o Sheik Al Nayan queira aprontar das suas no Manchester City). E, com todo o furor que a crise gerou, poucos estão afim de abrir o talão de cheques.

Atendo-se ao que ocorre com os principais clubes da Europa, essa janela foi marcada pelo marasmo dos clubes, alguns blefes monumentais e negociações tragicômicas, muitas até para um mercado tão morno.

Nada de muito espetacular a se mencionar na Alemanha. A saída de Thiago Neves do Hamburgo, lamentável pela falta de profissionalismo (recorrente) do atleta enquanto o Bayern de Munique acertou com Anatoliy Tymoshchuck, mas apenas para a próxima temporada e a sensação do camepeonato, o Hoffenheim, que além de contar agora com seu novo estádio, a Rhein-Neckar Arena, trouxe por empréstimo o atacante Boubacar Sanogo, que estava encostado no Werder Bremen, com a missão de substituir o artilheiro Vedad Ibisevic, que está fora da temporada.

Na Itália, enquanto o Milan traz Thiago Silva, zagueiro do Fluminense que só estará disponível para jogos oficiais na próxima temporada, Internazionale e Roma tentam esvaziar seus elencos, mas sem muito sucesso. Panucci fica na Roma, mesmo a contra-gosto, já que os galiorrossos não conseguiram negociá-lo, enquanto a Inter conseguiu, pelo menos, se livrar do decepcionante Ricardo Quaresma, ainda que só até o fim da temporada enquanto o português vai para o Chelsea, emprestado.

Passando para a Inglaterra, terra dos micos da janela, o Chelsea, outrora comprador compulsivo, vem colocando o pé no freio com as grandes perdas de seu dono Roman Abramovich. O empréstimo de Quaresma foi a única aquisição de um clube que está mais preocupado em cortar despesas no atual momento. Saindo do sul de Londres e indo para o norte da cidade, a novela poderia ter um título como o de "Du, Dudu e Edu", mas o dramalhão "Arsenal, Arsene e Arshavin" foi digno de Flora e Donatella. O que parecia uma negociação certa foi se arrastando até o último dia da janela inglesa (que foi adiada por causa dos transtornos com a neve no país) e informações desencontradas que davam mais certeza da transferência, ou davam conta de que ela não aconteceria. No fim das contas a estrela da seleção russa e do time campeão da Copa UEFA de 2008 foi confirmada nos Gunners para o final da temporada, podendo ser um reforço considerável para um time que já tem no estaleiro Cesc Fabregas e Thomas Rosicky, este a mais de um ano, e com previsão de retorno, agora, para Março.

Agora partindo para as pataquadas, dignas da terra de Mr. Bean. O Tottenham continua mostrando que não sabe contratar bem e o resultado se vê em campo - um time que faz contratações de peso mas que não rende o esperado no campo. Os reforços dos Spurs são conhecidos da torcida. Chimbonda volta ao clube após um período de empréstimo no Sunderland (incomum períodos de empréstimo encerrados no meio da temporada) além de uma dupla de ataque - Robbie Keane que voltou ao time depois de uma passagem não muito feliz por Liverpool e Jermaine Defoe, comprado de volta do Portsmouth pelo dobro do preço que foi vendido. Isso porque Pavlyuchenko vem se destacando no clube.

Já em Manchester, enquanto o United se contenta com a aquisição de Tosic e o acerto com Ljalic para a próxima temporada, pensando nos dois sérvios como apostas a longo prazo, o City foi o grande protagonista da janela com sua novela cheia de reviravoltas envolvendo Kaká. Bem que o time italiano quis levar uma bolada em cima do jogador, mas Kaká preferiu não correr o risco de dar um passo atrás na sua carreira. O City que sonhava com Kaká acabou contratando Bellamy, de Jong e Wayne Bridge. Muito diferente das suas pretensões iniciais, e ainda assim, sem conseguir reforçar adequadamente uma zaga que já é frágil.

Mas alguém de fora da Inglaterra quer concorrer também ao prêmio de mico da janela.

Antes de entrar em detalhes, é bom explicar a regra ao amigo leitor. A UEFA permite que os clubes façam alterações na sua lista de inscritos para competições continentais nesse período. São permitidas 3 alterações nos 25 nomes definidos anteriormente sendo que jogadores que disputaram a mesma competição em que o clube está na atual temporada por outra equipe não podem ser inscritos. No caso de um jogador que disputou uma outra competição continental na temporada corrente, esse jogador pode ser incluso na lista dos inscritos para as próxmas fases da competição, mas será a única mudança permitida.

Saindo da teoria e indo para a prática: O Real Madrid contratou Klaas-Jan Huntelaar e Lassana Diarra pensando em colocá-los na Liga dos Campeões. Porém, esqueceram que como Diarra já jogou pelo Portsmouth na Copa UEFA, a inscrição dele implicaria que nenhum outro jogador pudesse ser inscrito, diminuindo a utilidade imediata da contratação do atacante holandês vindo do Ajax. E no fim das contas os merengues preferiram inscrever Diarra.