Em explicações de Ferguson, o treinador pretendia dar mais tempo para Rooney retornar de sua lesão (já que ainda apresentava sintomas quando ia a campo - e consequentemente não rendia) e poder pegar ritmo de jogo jogando pela Inglaterra ao invés de suportar a pesada carga de jogos dos clubes ingleses. O atleta reclamou que não está mais machucado e que deveria ser titular - como deveria ser em qualquer equipe. Treinadores de todo o mundo - principalmente de grandes clubes que seriam capazes de efetuar a contratação - comentaram a situação, mas nenhum deles quis alimentar a situação (escolhendo um lado específico, como foi o caso de Neymar e Dorival) e acreditam que o atleta se mantêm no clube, apostando que Ferguson nem a diretoria seriam loucos de perder um atacante como ele. Mesmo com essas opiniões de Ancelotti e Wenger (Chelsea e Arsenal) e ainda que Rooney deixe o United, creio que a possibilidade de continuar na Inglaterra seria muito pequena, ainda mais se o destino for o Manchester City (caso contrário, jogaria pela janela de vez a chance de se tornar um marco no clube). Este rival dos Red Devils, inclusive, tem plena noção da dificuldade que seria tirar Rooney do rival e usa o episódio Tevez como um desestabilizador para a situação, declarando abertamente que gostaria de contar com o jogador o quanto antes. Além deles, Mourinho também comentou o caso (já que o Real Madrid sempre está interessado em todos os atletas 'disponíveis' no mercado), mas sua opinião não diferiu muito dos treinadores ingleses.
A verdade é que Ferguson foi no Everton buscar Rooney, efetuou uma das mais importantes contratações da história do clube e o colocou como um dos principais atacantes do planeta. Não só o Manchester e seus colegas, mas principalmente Ferguson. Rooney tem enfrentado um bruto inferno astral desde a Copa do Mundo e é muito mais fácil adimitir que está em péssima forma por conta de uma lesão do que por qualquer outro motivo (ainda mais os escândalos extra-campo que tem se envolvido, mesmo que superlativizados pela tabloidíssima imprensa inglesa). Com o futebol que o atacante vem demonstrado essa temporada, tem valido mais a pena manter Javier Hernandez com Dimitar Berbatov no ataque do que insistir com Rooney, até que tome vergonha na cara e volte a apresentar o futebol de um dos melhores atacantes em atividade. Moral da história: Quando Ferguson assumiu o Manchester United, Rooney completava um ano de idade. Cabeça-dura ou não, Ferguson é unanimidade e na minha singela opinião, o maior treinador da atualidade. Shrek precisa se entender na fábula e perceber que existe um Rei para o Reino, mas que ainda não é ele.