sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Premier League - Análise do Torneio e do Mercado

Depois de o inferno para os clubes sul-americanos ter terminado (com um dia a mais do que era esperado, para o desespero dos treinadores destes clubes), finalmente o mercado europeu se encontra fechado e as equipes “prontas” para as disputas da primeira metade da temporada 2008/09. Como era de se esperar, vários clubes foram ao mercado sedentos de novas caras em suas equipes, ao contrário de Manchester United, Chelsea, Sporting e Werder Bremen, por exemplo, que contrataram muito pouco.

Vamos então começar pelo campeonato mais rico do planeta, a Premier League. Este será o primeiro post de uma seqüência que irá analisar cada um dos torneios mais importantes da Europa. Então vamos começar pelos candidatos diretos ao título, Manchester United e Chelsea. As duas equipes economizaram no número de contratações, o que não significa que tenham economizado dinheiro. O atual campeão inglês e europeu só foi confirmar a única transação de peso do período no último momento, quando anunciou o atacante búlgaro Dimitar Berbatov, ex-Tottenham, por 31 milhões de euros. Enquanto isso, os Blues anunciaram como grandes contratações apenas os “portugueses” Deco e Bosingwa, do Barcelona-ESP e Porto-POR, consecutivamente.

A probabilidade maior é de que a disputa da terceira vaga direta para a Fase de Grupos da Liga dos Campeões fique por conta de Liverpool e Arsenal (enquanto o 4º colocado entra nas eliminatórias da próxima UCL). Como os torcedores dos Reds já devem estar se acostumando, a equipe contratou 6 reforços, entre eles Diego Cavalieri (Palmeiras-BRA), Albert Riera (Espanyol-ESP) e Robbie Keane (Tottenham). O Arsenal, para provar que não quer realmente ingleses na equipe, trouxe como maiores reforços dois franceses, Samir Nasri (Olympique Marseille-FRA) e Mikael Silvestre (Manchester United).


Os clubes que devem correr por fora pela briga do título e mais diretamente pela vaga na UEFA Cup são Manchester City e Tottenham, que investiram milhões em reforços, mas que ainda não tem um elenco a altura dos clubes já citados. Enquanto os Citzens trouxeram para o ataque Jô (CSKA-RUS), Shaun Wright-Phillips (Chelsea) e Robinho (Real Madrid-ESP) e a revelação belga Vincent Kompany (Hamburg-GER) para a defesa, os Spurs se preocuparam em trazer 9 contratações, entre eles Roman Pavlyuchenko (Spartak-RUS), Geovani dos Santos (Barcelona-ESP), Gomes (PSV-NED), David Bentley (Blackburn) e Luka Modric (Dínamo Zagreb-CRO).

A briga por melhores posições no miolo mais próximo do topo da tabela deve ficar por conta do equilibrado Aston Villa, do Blackburn Rovers e pela tradição, do Newcastle. Enquanto o centenário jejum do Newcastle não acaba (digo isso porque a equipe completa 128 anos de existência e, no próximo ano, completa 100 sem títulos do Campeonato Inglês) se preocupou com contratações sem muita importância, como os argentinos Jonás Gutiérrez (Mallorca-ESP) e Fabricio Coloccini, além do atacante Xisco (ambos do La Coruña-ESP). Enquanto isso o Blackburn Rovers trouxe o goleiro selecionável Paul Robinson (Tottenham), além dos meias Vincenzo Grella (Torino-ITA) e Carlos Villanueva (Audax-CHI) e o atacante experiente Robbie Fowler (Cardiff). Enquanto isso o Aston Villa preocupou mais com a formação de um elenco, trazendo o experiente goleiro Brad Friedel (Blackburn Rovers) e os meias James Milnes (Newcastle) e Steve Sidwell (Chelsea).

A zona intermediária da tabela deve ser dividida entre West Ham (trouxe o atacante David di Michele, da Torino-ITA e o zagueiro Valon Behrami da Lazio-ITA), Everton (contratou os atacantes Louis Saha, do Manchester United e o nigeriano Obinna, da Internazionale-ITA), Middlesbrough (contratando um dos últimos ingleses do Arsenal, Justin Hoyte), Portsmouth (trouxe o atacante Jermain Defoe e o zagueiro Kaboul do Tottenham, além de Peter Crouch do Liverpool), Bolton (contratou os atacantes Ebi Smolarek do Racing Santander-ESP e Johan Elmander do Toulouse-FRA) e um pouco mais embaixo o Sunderland, que pode contrariar as expectativas (já que trouxe alguns jogadores de qualidade, como os atacantes Djibril Cissé do Olympique Marseille-FRA e Diouf do Bolton, os meias Steed Malbranque, Teemu Tainio e Pascal Chimbonda do Tottenham além do zagueiro Anton Ferdinand do West Ham).


A briga contra o rebaixamento não deve fugir muito de alguns clubes que lutaram contra ele no último ano, como o Wigan (que trouxe os meias Kapo e de Ridder do rebaixado Birmingham e Lee Cattermole do Middlesbrough) e o Fulham (contratou o goleiro do Middlesbrough Mark Schwarzer, o zagueiro do Rosenborg Fredrik Stoor, o meia sul-coreano Seol, do Wolverhampton e o atacante Andy Johnson, do Everton), além dos recém-promovidos West Bromwich (trouxe os dois defensores Marek Cech, do Porto-POR e Abdoulaye Meite, do Bolton e o atacante Luke Moore, do Aston Villa), Hull City (que trouxe os defensores Mendy, do PSG-FRA e George Boateng, do Middlesbrough, além do meia brasileiro Geovanni, do Manchester City) e o Stoke City (contratou o goleiro Thomas Sorensen do Aston Villa e o atacante Dave Kitson, do rebaixado Reading).

É impossível fugir do que já é esperado: Campeão e Vice (Manchester United e Chelsea) do último campeonato como concorrentes diretos pelo título, os times que mais investiram dinheiro (Tottenham e Manchester City) ameaçando a hegemonia dos que já estão lá (Liverpool e Arsenal), o que mais trouxe reforços entre os clubes médios podendo ser surpresa (Sunderland) e os recém-promovidos com mais chances de rebaixamento (West Bromwich, Hull e Stoke). Sem muitas surpresas e algumas equipes mais consolidadas, começa mais uma excelente Premier League!

Um comentário:

Guh Ponzo disse...

promessa d um campeonato bem mais forte, com o toteham e o city encostando d vez nos grandes.
mt bom o blog, tb faço parte do cornetao!